
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) participou nesta semana da mobilização que levou parlamentares do Partido Liberal a suspenderem o recesso e retomarem as atividades em Brasília. A medida foi uma reação às determinações do Supremo Tribunal Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que passou a usar tornozeleira eletrônica por ordem judicial. A mobilização incluiu reunião da bancada, coletiva de imprensa na Câmara e encontros extraordinários em comissões temáticas.
Na noite de domingo (20), Coronel Chrisóstomo esteve no Aeroporto de Brasília para recepcionar os parlamentares da legenda que aderiram ao movimento. Ao lado do líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o parlamentar reforçou o objetivo da mobilização.
“Recepcionamos nossos colegas parlamentares que decidiram encerrar o recesso parlamentar para estar aqui, pela liberdade do povo, liberdade de um Congresso com autonomia, liberdade para os presos e liberdade para o nosso líder Bolsonaro, sem dever nada à Justiça”, afirmou Chrisóstomo.
A convocação foi feita por Sóstenes Cavalcante na sexta-feira (18), após decisão judicial que impôs ao ex-presidente restrições como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso das redes sociais e toque de recolher. O Partido Liberal classificou as medidas como desproporcionais e incompatíveis com os princípios do Estado Democrático de Direito. No mesmo dia, Chrisóstomo protocolou o Ofício 17/2025, ementa 489/2025, solicitando formalmente a suspensão do recesso branco.
Na segunda-feira (21), a bancada do PL se reuniu às 14h na Sala Amália Barros, na Câmara dos Deputados. Às 16h, o ex-presidente Jair Bolsonaro participou de uma coletiva de imprensa no mesmo local. Durante a fala, mostrou a tornozeleira eletrônica e declarou: “Não roubei, não atentei contra o Estado, não fiz nada de errado”.
As atividades continuarão na terça-feira (22), com reuniões extraordinárias das Comissões de Segurança Pública e de Relações Exteriores, realizadas às 10h, na Câmara. O PL pretende manter articulações nos próximos dias em defesa do que considera violações ao devido processo legal e às garantias individuais.