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Preferindo não agir de forma intempestiva, o governador Marcos Rocha (UNIÃO) não exonerou o secretário Júnior Lopes, afastado pela Justiça após deflagração de operação que investiga malversação do erário em eventos promovidos com dinheiro dos cofres do Governo de Rondônia.
Para manter a SEJUCEL funcionando sob o comando de um secretário, Marcos Rocha nomeou, por um Decreto publicado no último dia 28 de novembro, o secretário adjunto, Paulo Hiago Ferreira de Almeida.
Ele oficialmente ficará à frente da SEJUCEL de forma interina, deixando a porta aberta para o retorno de Lopes à pasta. O governador de Rondônia já realizou uma manobra política semelhante, quando o chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, foi afastado, mas retornou ao cargo após o cumprimento da decisão judicial.
Conforme o Ministério Público, a deflagração da operação Dionísio teve o foco de coletar provas que corroborem com a denúncia apresentada de que a SEJUCEL sob a liderança de Lopes, estava agindo em um esquema de repasse de dinheiro em eventos de grande porte, como a Expovel.
Em nota encaminhada à imprensa, Júnior Lopes negou os apontamentos da denúncia, e afirmou o salário de secretário, que é de aproximadamente R$ 20 mil, é uma quantia irrisória frente ao que ele já recebeu ao longo de sua carreira de jogador profissional, fato que indicaria a sua motivação para assumir um cargo público em prol do bem comum.
O Governo de Rondônia ainda não se manifestou se Júnior Lopes continuará recebendo o salário nesses três meses em que permanece afastado da cadeira de secretário e sob o olhar vigilante e desconfiado da Justiça.
Fonte: Rondoniaovivo