A Justiça de Rondônia ordenou a interrupção das atividades de uma associação de produtores rurais suspeita de envolvimento em atividades ilícitas, como invasões, no Parque Estadual de Guajará-Mirim. A medida foi tomada após ação movida pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO).
Esta é a segunda ocasião em que o MP-RO obtém o reconhecimento judicial da ilegalidade de grupos relacionados a ações duvidosas na área. Em maio de 2023, uma associação de Jacinópolis, distrito de Nova Mamoré, também teve suas operações paralisadas pelos mesmos motivos.
As apurações realizadas pelo MP-RO evidenciaram o envolvimento de duas associações em práticas ilegais, resultando na dissolução de ambas. Essas organizações são acusadas de facilitar a ocupação irregular de terras e de contribuir para a destruição ambiental. Segundo os relatórios, o presidente de uma das associações, junto a outros membros, liderava as invasões.
O Ministério Público requereu a suspensão imediata das atividades das associações em todo o estado de Rondônia, com o intuito de evitar que seus bens sejam transferidos para instituições similares.
A Justiça constatou que os grupos estavam diretamente associados às invasões e ao desmatamento na área protegida, utilizando seus recursos para propósitos ilícitos. Testemunhas relataram que um dos grupos prometia regularizar as terras localizadas dentro da área de preservação.