
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) integrou, nesta terça-feira (22), a mobilização da bancada do Partido Liberal na Câmara dos Deputados em resposta ao cancelamento das sessões extraordinárias das Comissões de Segurança Pública e de Relações Exteriores, que seriam realizadas em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As reuniões estavam previstas para ocorrer durante o recesso parlamentar, mas foram barradas por decisão da presidência da Casa.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), assinou ato que proíbe qualquer reunião de comissões entre os dias 22 de julho e 1º de agosto. A medida gerou reação imediata dos parlamentares do PL, que acusam a decisão de ferir o regimento da Casa e de restringir o direito à livre manifestação política.
A convocação das sessões havia sido feita pelo líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), após determinação judicial que impôs tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e restrições ao uso de redes sociais por Jair Bolsonaro. A bancada considera as medidas judiciais desproporcionais e uma ameaça ao Estado Democrático de Direito.
Durante coletiva realizada na Câmara, Sóstenes afirmou. “Esta decisão do presidente Hugo Motta é anti-regimental e ilegal. Acusam-nos de radicais, de extremistas, mas hoje demonstramos o contrário. Submetemo-nos, por respeito à institucionalidade, mesmo diante de uma decisão que fere o regimento.”
Coronel Chrisóstomo, presente ao lado dos colegas da bancada conservadora, reforçou seu apoio ao ex-presidente e denunciou o que classificou como uma tentativa de silenciar a oposição no Congresso Nacional. “Estão tentando calar o povo brasileiro, calando seu maior representante. O que estamos vendo é uma afronta direta à Constituição”, afirmou o parlamentar de Rondônia.