
Um homem de 45 anos manteve sua família em cárcere privado em sua casa na noite de terça-feira (22), em Novo Hamburgo, região metropolitana de Porto Alegre. Durante o ataque, ele matou o pai, o irmão e um policial militar, além de ferir outras nove pessoas, incluindo policiais e familiares.
Após nove horas de cerco e tentativas de negociação, a polícia invadiu a casa na manhã desta quarta-feira e encontrou o atirador morto.
A ação policial começou depois de denúncias de que o homem mantinha seus pais, idosos, presos em casa. Quando os policiais chegaram, o atirador abriu fogo contra eles e seus familiares. Segundo a Brigada Militar (BM), dois drones usados na operação foram derrubados pelo homem.
Além de seu pai e irmão, a mãe e a cunhada do atirador também estavam presentes e foram baleadas após a chegada da polícia, sendo levadas para o hospital.
As vítimas fatais foram identificadas como:
- Eugênio Crippa, 74 anos (pai do atirador)
- Everton Crippa, 49 anos (irmão do atirador)
- Everton Kirsch Júnior, 31 anos (policial militar)
Os feridos incluem:
- Cleris Crippa, 70 anos (mãe do atirador), em estado grave
- Priscilla Martins, 41 anos (cunhada), também em estado grave
- Rodrigo Weber Voltz, 31 anos (PM), em cirurgia
- João Paulo Farias Oliveira, 26 anos (PM), em cirurgia
- Joseane Muller, 38 anos (PM), em estado estável
- Eduardo de Brida Geiger, 32 anos (PM), liberado após ferimento leve
- Leonardo Valadão Alves, 26 anos (PM), liberado após ferimento leve
- Felipe Costa Santos Rocha (PM), liberado após ferimento leve
- Volmir de Souza, que aguarda cirurgia (possível guarda municipal)
O crime aconteceu na Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco. O pai do atirador teria denunciado maus-tratos à polícia, que foi recebida com tiros ao chegar ao local. Além dos familiares, uma pessoa de fora da casa também foi atingida, possivelmente um guarda municipal.
O comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Alexandro Famoso, afirmou que houve tentativas de diálogo com o atirador, que só respondia com disparos.
O policial militar morto, Everton Kirsch Júnior, estava na corporação desde 2018. Ele recentemente havia se tornado pai e deixa um filho de 45 dias e sua esposa.
Fonte: G1