A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 14 de agosto de 2024, que a mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) voltou a ser considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Esta decisão marca um novo capítulo na luta contra a doença, após um período em que os casos globalmente diminuíram. A seguir, apresentamos um resumo sobre a situação atual da mpox, incluindo suas implicações e o que esperar a partir daqui.
1. Histórico da Declaração de Emergência
A OMS havia declarado um estado de emergência para a mpox em julho de 2022, que foi reavaliado e rebaixado em maio de 2023 devido à queda no número de casos. O retorno à emergência ocorre após a identificação de uma nova variante da doença, que está se espalhando rapidamente, especialmente na República Democrática do Congo (RDC).
2. Cenário Atual
Neste ano, a RDC registrou quase 14 mil casos de mpox e 450 mortes, de acordo com o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (Africa CDC). A OMS alerta que, fora da África, a transmissão continua em níveis baixos, mas as autoridades estão monitorando de perto a situação.
3. Respostas da OMS
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que a organização está comprometida em coordenar a resposta global, trabalhando em estreita colaboração com os países afetados. A prioridade é prevenir a transmissão, tratar os infectados e salvar vidas, reforçando a necessidade de uma ação coordenada e eficaz.
4. Vacinação e Medidas de Prevenção
Atualmente, o Brasil avalia que o risco é baixo, mas as vacinas recomendadas pela OMS contra a mpox não estão sendo amplamente utilizadas. Especialistas sugerem a vacinação em casos de contato com infectados para evitar surtos. Uma campanha de vacinação em massa só será considerada em caso de emergência sanitária significativa.
O Ministério da Saúde afirmou que está preparado para adaptar suas ações de acordo com novas evidências e necessidades emergentes relacionadas à imunização contra a mpox.
A reclassificação da mpox como uma emergência de saúde pública destaca a importância de estarmos atentos à evolução da doença e à necessidade de medidas preventivas. A colaboração entre países e a vacinação de grupos vulneráveis serão fundamentais para conter a propagação do vírus.
fonte: BBC