A investigação teve início após a emissão de autos de infração pela Secretaria de Estado de Finanças (Sefin), os quais foram encaminhados ao Ministério Público. A partir daí, o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA), formado pelo Ministério Público, Sefin, Polícia Civil e Procuradoria-Geral do Estado, começou a monitorar de perto as atividades de um frigorífico e várias casas de carne, que, de forma recorrente, continuavam a sonegar o imposto estadual.
Mandados de busca e apreensão foram emitidos pela 2ª Vara Criminal de Porto Velho, sendo cumpridos na capital de Rondônia e em Patos, município da Paraíba.
A decisão judicial incluiu ainda o bloqueio de valores e ativos em contas bancárias, além da indisponibilidade de bens móveis e imóveis dos envolvidos, até o limite de mais de R$ 90 milhões, valor equivalente ao montante sonegado.
A operação mobiliza uma força-tarefa com 50 policiais civis — entre agentes, escrivães e delegados —, 9 auditores fiscais da Receita Estadual e 2 promotores de justiça. O grupo atua de forma coordenada para garantir a apreensão de documentos, equipamentos e outras provas essenciais para o avanço das investigações.
Batizada de “Bandarilha”, a operação faz alusão ao objeto utilizado em touradas, que é cravado com precisão no touro, uma metáfora à estratégia das autoridades para encerrar as fraudes fiscais apuradas. O objetivo do CIRA é atingir de maneira decisiva empresas que lesam os cofres públicos e comprometem a concorrência justa no mercado.
Fonte: MP-RO